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No Rio de Janeiro (RJ), audiência definirá se policiais do caso Kathlen Romeu vão a júri popular

Jovem grávida foi assassinada no Complexo do Lins em 2021; sessão acontece na tarde desta segunda (10)

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Kathlen Romeu
Jovem de 24 anos estava grávida de quatro meses; testemunhas afirmaram que não havia confronto - Reprodução

Na tarde desta segunda-feira (10), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) vai definir se os policiais envolvidos na morte da jovem grávida Kathlen Romeu, em 2021, serão levados a júri popular. Antes da audiência, um ato em frente ao tribunal reuniu familiares e organizações de direitos humanos por justiça.

A sessão, prevista para às 16h30, é a última que vai definir se os réus responsáveis pela morte da Kathlen e seu bebê vão a júri popular ou não. Ela foi atingida por um disparo de fuzil enquanto passava na rua. Cinco policiais que participaram da ação respondem por falso testemunho e fraude processual, acusados de alterar a cena do crime. 

Nas redes sociais, a ONG Anistia Internacional cobrou resolução para o caso. "São 4 anos de espera para que o Estado e os executores do crime sejam responsabilizados pelo que fizeram. Não traz Kathlen de volta, mas é um recado para que não continue acontecendo!", afirma o texto.

Relembre o caso

Em 2021, uma ação de policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Lins, na zona norte, resultou na morte da jovem de 24 anos. A designer de interiores Kathlen Romeu estava grávida de quatro meses. De acordo com testemunhas ouvidas pela justiça, não havia confronto e os tiros partiram de policiais.

Ela foi atingida quando estava caminhando na rua com a avó próxima à localidade conhecida como Beco da 14. Kathlen havia se mudado da comunidade um mês antes, justamente por temer a violência na região.

No mesmo ano, o Ministério Público denunciou cinco policiais militares por alterarem a cena do crime. Na denúncia, o MP afirma que agentes acrescentaram na cena do crime 12 cartuchos calibre 9 mm e um carregador de fuzil com dez munições que não haviam sido utilizadas.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Clívia Mesquita