Na próxima sexta-feira (13), a partir das 16h, o Sobrado Dr. José Lourenço - espaço da Rede Pública de Equipamentos Culturais do Ceará (Rece), da Secretaria da Cultura (Secult Ceará), gerido pelo Instituto Mirante - em parceria com o Negruras - Associação de Pesquisa e Cultura das Ancestralidades Negras Cearenses, Hust Street, Coletivo Pira Roots e Quebramar Rec, promove a abertura da exposição "A Criança e o Tempo".

Com curadoria do artista plástico e pesquisador na área da cultura, Gandhy Piorski, a exposição é resultado de uma imersão investigativa sobre o tempo com as crianças do Instituto Atitude Atleta, liderado pelo professor Márcio, no bairro Pirambu. Através da imersão, o curador propôs desafios que as levassem a dar corpo ao tempo, com perguntas como: Se o tempo fosse um bicho, uma criatura, como ele seria? De onde vem o tempo? Para onde ele vai? O que acontece quando o tempo passa pelas coisas, pelas pessoas?

A partir desses questionamentos, o artista plástico fez com que as crianças pudessem expressar suas percepções da força incontível e transitória desse deus. Além disso, as perguntas geradoras também podem ser utilizadas como guia para aqueles que visitarem a exposição, auxiliando na percepção das coisas criadas como coisas filosóficas. A exposição seguirá aberta ao público até o dia 31 de outubro deste ano. O acesso é inteiramente gratuito e livre para todas as idades.

A visitação acontece de terça a sexta, das 9h às 11h e das 14h às 17h.

Quem é Gandhy Piorski?

Artista plástico, curador e pesquisador na área da cultura. Gandhy investiga o universo simbólico das produções das infâncias, partindo de uma perspectiva de construção destas narrativas a partir do campo do imaginário, em diálogo com a filosofia e a antropologia, navega pelos diversos sentidos e percepções que sedimentam as produções culturais das infâncias.

Gandhy Piorski é também consultor e idealizador de projetos que investigam uma pedagogia social contida nas linguagens das infâncias. / Divulgação

É através do imaginário das crianças que Gandhy observa e identifica o brincar como uma configuração própria do universo cultural, perspectiva essa que se desdobrou na publicação de livros intitulados “Brinquedos do chão", “A natureza, o imaginário e o brincar” e “A criança e as águas”. Gandhy pesquisou ainda 25 comunidades no Ceará, para desenvolver projetos que trabalham o olhar das infâncias e suas experiências no mundo.

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Edição: Camila Garcia