Na tarde do último domingo (17), aconteceu a abertura oficial dos jogos da 3ª edição da Copa da Reforma Agrária. O evento ocorreu no Estádio Municipal Juvenal Melo, em Crateús, e teve início às 15h30 com mística destacando o esporte como ferramenta de luta política e também o apoio do Movimento dos Trabalhadores /as Rurais Sem Terra (MST) ao povo Palestino, em seguida, foi realizado um ato político de abertura que contou com a presença do Deputado Estadual, Missias do MST; do Secretário Executivo de Fomento Produtivo e Agroecologia, Pedro Neto, representando o Governador Elmano de Freitas; do coordenador do desenvolvimento do esporte da Secretaria do Esporte do Ceará, Roberto Cesar; do Superintende do Instituto de Colonização e Reforma, Erivando Santos; além de militantes, dirigentes, representantes das 150 equipes que compõe a copa, amigos do MST, assentados, acampados e a população de Crateús e região.
Na ocasião, também ocorreu a entrega dos uniformes, bolas, redes, bonés e banners com a identidade visual da Copa e Feira da Reforma Agrária para todas as equipes que participarão da Copa. Além disso, foram realizados dois jogos, um masculino e um feminino, já valendo pela competição. Também foi realizado um jogo amistoso entre o MST e os amigos.
Copa e Feira da Reforma Agrária
A Copa e Feira da Reforma Agrária, que teve início em dezembro de 2023 e conta com a participação de aproximadamente 3500 atletas, abrange mais de 40 municípios e contempla as cinco regiões do estado do Ceará. Gene Santos, da coordenação da Copa e Feira afirma que “a Copa e Feira da Reforma Agrária, posso dizer que é um dos maiores eventos esportivos do Brasil, envolvendo assentamentos e acampamentos. Então hoje, na abertura dos jogos, é um momento de celebrar e parabenizar todo povo Sem Terra do Ceará que tiveram a coragem de ir para a luta e garantir junto ao governo do estado, essa grande conquista que é a Copa e Feira da Reforma Agrária”. Este ano, além dos jogos, também acontece a feira da Reforma Agrária, com produtos vindos dos assentamentos e acampamentos.
Na ocasião, Santos também destaca que a Copa e Feira fazem parte das celebrações e conquistas do Movimento Sem Terra no ano que completa os 40 anos de existência e resistência. “Durante esses 40 anos o movimento já avançou muito, mas nós temos que continuar resistindo, persistindo para que a gente possa na luta de classes continuar fazendo mais gols, conquistando mais vitórias e dentre elas derrotar, principalmente, o agronegócio desse país e fazer a Reforma Agrária vencer. Nesse sentido, a Copa e Feira faz parte dessa grande ação do MST vinculado aos nossos objetivos que é a transformação da sociedade”.
Roberto Cesar, coordenador do desenvolvimento do esporte da Secretaria do Esporte do Ceará destacou que “é com muita alegria que a gente vem aqui hoje abrir oficialmente a Copa e Feira da Reforma Agrária, o terceiro evento desta natureza que ocorre desde de 2019 numa parceira da SESPORTE com o MST, e vem nesse sentido de usar o esporte como ferramenta de cidadania, de inclusão social. É o resultado de uma demanda do MST para envolver a juventude, os acampados e assentados com o esporte para, através dele, promover a transformação social na sociedade”.
Neste contexto, a atleta Karol Araújo, do time feminino da escola Francisco Barros, reitera a importância da Copa como uma iniciativa crucial na promoção da igualdade de gênero. “A Copa e Feira da Reforma Agrária representam uma oportunidade importante de inclusão para as mulheres em um espaço historicamente dominado pelos homens, rompendo com a exclusão e o machismo que permeiam o mundo do futebol”.
A terceira edição da Copa da Reforma Agrária que foi lançada durante o 34º encontro estadual do Movimento Sem Terra no Ceará, no dia 16 de dezembro, no Clube Cofeco, em Fortaleza e segue por todo o primeiro semestre, com as fases municipal, regional e a final que está prevista par o final do semestre.
A Copa e Feira da Reforma Agrária é uma realização do Governo do Estado do Ceará, através da Secretária de Esporte, com a execução da Associação de Cooperação Agrícola do Estado do Ceará e conta com o apoio do Movimento dos Trabalhadores /as Rurais Sem Terra (MST).
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Edição: Francisco Barbosa