Um auditório lotado de pessoas que estavam ali presentes para ouvir e aprender mais sobre a situação do massacre que está acontecendo na Palestina. Não só ouvir, mas levantar a voz em uníssono a famosa frase “Palestina Livre”. Foi assim a noite de quarta-feira (13) no Centro de Formação, Capacitação e Pesquisa Frei Humberto, Fortaleza, que foi palco do evento de lançamento do livro: “Contra o sionismo: retrato de uma doutrina colonial e racista”, de autoria de Breno Altman, jornalista e fundador do site de notícias independente Opera Mundi.
A professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Adelaide Gonçalves mediou a mesa de lançamento do livro e iniciou a sua fala trazendo a frase que abre o livro que diz “Este é um livro de combate”. Adelaide afirmou que este é um livro para leitura de forma urgente. “Este é um livro de combate, não é um livro acadêmico nem um livro para ficar na prateleira. É um livro que exige aprofundamento”. A professora também destacou a edição do livro que traz ao final dez indicações de livros sobre o tema, justamente para fazer esse aprofundamento sobre o assunto. E finalizou sua fala lembrando de Marielle Franco, que também com outras milhares de mulheres palestinas também foi assassinada com uma bala.
Em seguida, Breno Altman ficou com a palavra. Ele iniciou sua fala dizendo “Não vou aqui falar da dor, do genocídio de mulheres, crianças e homens palestinos, vou começar minha fala falando da valentia desse povo. Um povo que jamais baixou a cabeça”. E continuou “A questão da Palestina é decisiva para o destino da humanidade e na luta anti-imperialista”.
Altman também lembrou aos participantes a resolução 3103 da ONU (1973), que garante aos povos colonizados o direito à insurgência e à luta armada contra os Estados coloniais e a partir daí apresentou para o público um pouco da história do massacre que persegue o povo palestino, desde sua origem até os dias atuais. “A história é bem clara. É a luta entre o estado colonial e um povo colonizado. Dá para saber qual é a parte certa da história.”
“Esse debate, esse encontro foi muito importante. Eu acompanho pelas redes sociais, pelos noticiários a história da Palestina e de Israel e acho que é injustificável o que acontece e debate como o de hoje é esclarecedor. Ajuda a gente a compreender melhor a situação e acho que deveria se repetir esse tipo de debate. Você viu como o auditório estava cheio? É porque é um debate que interessa. As pessoas estão precisando, estão carentes de informação. Todo mundo que estava aqui hoje veio porque têm interesse de saber. Que o MST e outras organizações continuem fazendo esses debates porque é de maior importância”, afirma a assistente social e fundadora do Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador e à Trabalhadora (CETRA), Margarida Pinheiro, uma das presentes no evento.
A professora da UFC, Gema Esmeraldo também esteve presente e afirma que “Esse evento traz pra gente a compreensão de que nós estamos no mundo em combate. Compreender a luta da Palestina é compreender que nós estamos no momento crucial no mundo de resgate, para resgatar nossa humanidade”.
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Edição: Camila Garcia