O presidente Lula assinou em fevereiro decreto que reinstala o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea Nacional). Vale lembrar que essa é a segunda vez que Lula reinstala o Conselho, a primeira foi em 2003. Já em 2019, ao assumir o governo, Jair Bolsonaro desativou o Consea, que se caracteriza como um importante espaço para a formulação e avaliação de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional, como explica Malvinier Macedo, diretora adjunta do Esplar – Centro de Pesquisa e Assessoria e conselheira do Consea Ceará.
“A reinstalação do Consea Nacional, do Conselho Nacional de Segurança Alimentar pelo presidente Lula significa muito para o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. É um espaço, um coletivo de monitoramento, de participação social, de discussão sobre políticas públicas, de soberania e segurança alimentar e nutricional, e que agrega a representatividade da diversidade dos segmentos da nossa sociedade do nosso país”.
Já no Ceará, no dia 9 de março, a secretária titular da Secretaria da Proteção Social, sra. Onélia Santana, empossou os conselheiros titulares e suplentes, representantes do poder público e da sociedade civil, para a próxima gestão do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará (Consea Ceará), para o biênio 2023-2025. Malvinier foi empossada como conselheira titular, e fala sobre sua nomeação.
“A nomeação feita pelo governador do estado do Ceará me dá muita alegria, muita honra porque vai ser uma oportunidade de continuar contribuindo para a discussão na construção das políticas de segurança alimentar nas ações, nos programas, nos projetos, principalmente no momento difícil em que a população do Ceará atravessa com tantas pessoas passando fome, mais de duas milhões de pessoas em insegurança alimentar e que também o Governo do Estado está propondo o programa Ceará Sem Fome, para o enfrentamento da fome nesse estado, tanto na zona urbana como na zona rural”.
Malvinier afirma que o Consea Ceará tem grandes desafios. O primeiro deles, de acordo com ela, é que “nós estamos em um cenário de fome, de grande parte da população e também, nos últimos seis anos as políticas nacionais de soberania e segurança alimentar foram desmontadas, então nós estamos no desafio da reconstrução, de colaborar e incentivar a reconstrução, a constituição de Conselhos de Segurança Alimentar em todos os municípios e participar dos diversos momentos que esse cenário vai cobrar do Consea, e já está cobrando”.
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Edição: Camila Garcia