Ceará

Saneamento básico

Fortaleza cai uma posição e está em 77º no Ranking do Saneamento do Instituto Trata Brasil

Das 27 capitais, somente nove possuem ao menos 99% de abastecimento total de água. Em Fortaleza, a cobertura é de 76,08%

Brasil de Fato, Fortaleza, Ceará |
Fortaleza reduziu o índice de abastecimento de água em 5,29% e ocupa agora a 77º posição do Ranking do Saneamento do Instituto Trata Brasil - Pexels

Fortaleza reduziu o índice de abastecimento de água em 5,29% e caiu uma posição no Ranking do Saneamento do Instituto Trata Brasil, que avalia os principais índices de saneamento e esgotamento sanitário nos 100 maiores municípios brasileiros. Ocupando a posição número 77, Fortaleza investe R$73,55 por habitante. A média nacional para universalizar o acesso à água é de aproximadamente R$203,51 por habitante, de acordo com dados do Plano Nacional de Saneamento Básico do Governo Federal (Plansab).

A pesquisa é realizada pelo Instituto Trata Brasil desde 2009, analisando os indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), publicado pelo Ministério das Cidades. O relatório divulgado nesta segunda-feira (20) é referente ao ano de 2021.

De acordo com o estudo, das 27 capitais brasileiras somente nove possuem ao menos 99% de abastecimento total de água. Em Fortaleza, a cobertura total de abastecimento é de 76,08% da população. A média das capitais brasileiras é de quase  95%. No que diz respeito ao tratamento de esgoto, a capital cearense saiu de 50,72% em 2017 para 55,95% em 2021, aumento de 5,23% no tratamento do esgoto produzido na cidade. 


Ocupando a posição número 77, Fortaleza investe R$73,55 por habitante. A cobertura total de abastecimento é de 76,08% da população. / Divulgação Instituto Trata Brasil

Em nota, a  Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) discordou dos dados apresentados pelo Instituto. A Cagece alega que os números possuem um atraso de dois anos e não representam os índices da empresa, que apontam 99,6% da população de Fortaleza abastecida com água e 67% da população com esgotamento sanitário garantido. 

Já no município de Caucaia, na Região Metropolitana, a situação é ainda pior. Apenas 70% da população tem acesso à água, o sétimo pior dado do país, e o índice de tratamento de esgoto chega a 36% dos moradores. A cidade está na posição 81, figurando entre os 20 municípios com os piores dados de saneamento básico. É a segunda vez que Caucaia fica entre os piores índices do país.


O município de Caucaia está na posição 81, figurando entre os 20 municípios com os piores dados de saneamento básico. / Divulgação Instituto Trata Brasil

A Cagece também discordou dos números de Caucaia, informando que o abastecimento de água está em 97,6% e o índice de cobertura de esgotamento sanitário alcança 48,4%. A companhia também informou que Fortaleza e Caucaia estão incluídas no segundo bloco da Parceria Público-Privada que irá investir R$ 19 bilhões para elevar a cobertura do esgotamento sanitário para 90% até 2033, em 24 municípios. “A empresa parceira vai atuar realizando melhorias operacionais, ampliação e implantação de sistemas de esgotamento sanitário, incluindo redes coletoras de esgoto, estações elevatórias, estações de tratamento, linhas de recalque e ligações domiciliares e prediais”, diz a nota. No momento, o primeiro bloco da PPP, que contempla 17 municípios, está na fase de operação assistida, que consiste no repasse de informações técnicas entre a Cagece e a empresa parceira Ambiental Ceará.

Ainda segundo a Cagece, a Companhia está com equipes sociais trabalhando de porta em porta conscientizando sobre a “obrigatoriedade da interligação e os benefícios de utilização das redes para a segurança sanitária das famílias”. A empresa lembrou que para levar “cobertura é preciso levar em consideração a disponibilização do serviço, pronto para utilização, na porta dos imóveis" e que a falta dessa estrutura compromete o atendimento.

Para receber nossas matérias diretamente no seu celular clique aqui.

Edição: Francisco Barbosa