Ceará

8 de Março

Aproximadamente 300 mulheres Sem Terra participam do acampamento pedagógico, em Fortaleza

As atividades acontecem no Centro de Formação, Capacitação e Pesquisa Frei Humberto, em Fortaleza, de 6 a 8 de março.

Brasil de Fato | Fortaleza (CE) |
A atividade faz parte da Jornada Nacional das Mulheres Sem Terra que acontece em todo país de 06 a 08 de março. - Foto: Aline Oliveira/ MST

Com o lema “O agronegócio lucra com a fome e a violência. Por terra e democracia, Mulheres em Resistência”, cerca de 300 mulheres Sem Terra, oriundas dos assentamentos e acampamentos de Reforma Agrária do MST Ceará iniciaram na tarde de segunda-feira (06) o acampamento pedagógico no Centro de Formação, Capacitação e Pesquisa Frei, em Fortaleza. A atividade faz parte da Jornada Nacional das Mulheres Sem Terra, que acontece em todo país de 06 a 08 de março.

“Após quase três anos sem nos encontrarmos presencialmente é muito bom ver a mulherada junta, com disposição. O nosso acampamento tem como objetivo ser um espaço formativo, de confraternização, celebrativo e de luta. Será também espaço de construção das pautas econômicas e políticas das mulheres Sem Terra com a perspectiva de enfrentamento e denúncia contra a fome e a destruição da natureza, por isso seguiremos em luta e resistência por terra, produção de alimentos saudáveis e em defesa da democracia, pois acreditamos que apesar de uma conjuntura favorável para a classe trabalhadora, após derrotarmos um governo fascista e elegermos Lula presidente, precisamos nos manter despertas para as lutas que virão. Há muito a ser conquistado”, afirma Naira Silva, da direção estadual do setor de gênero.

Célia de Castro, assentada da Reforma Agrária no Assentamento Bernardo Marin II, em Russas, no Ceará, destaca a importância de retomar os encontros presenciais e às pautas de lutas das mulheres Sem Terra. “Eu espero que a gente consiga pautar melhorias para as nossas comunidades, na área da saúde, produção de alimentos, trabalho e renda, e que seja um momento de formação para que possamos fortalecer nossos coletivos e garantir conquistas para as áreas de reforma agrária”.

Durante os três dias de programação terá debate sobre conjuntura política; estudo sobre o programa agrário; debate sobre a relação entre capital, violências e emancipação; roda de conversa sobre pobreza menstrual; lançamento do documentário “MST no Feminino”; oficinas formativas em agroecologia; agitação e propaganda; comunicação popular; autocuidado; autodefesa e bordado.

Dia 8, o acampamento pedagógico também somará ao ato unificado das mulheres em Fortaleza, que esse ano tem como lema “Pela vida das mulheres! Democracia, territórios e direitos: contra a fome, a violência, o racismo e sem anistia para golpistas!”. A caminhada acontecerá no centro de Fortaleza, com concentração na Praça do Ferreira, a partir das 14 horas.

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Edição: Francisco Barbosa