Faltando dez dias para a eleição, as legendas das mais diferentes vertentes se apresentam como opção de voto ao eleitor. Somente para a Assembleia Legislativa do Ceará, mais de 500 candidatos disputam as 46 cadeiras do legislativo. Se por um lado, há otimismo com a variedade de nomes e bandeiras, por outro, há a expectativa de quem deseja ser reconduzido para a 31ª legislatura da Alece.
Para o analista e professor de teoria política da UECE, Emanuel Freitas, os três partidos com candidatos ao governo (PT, PDT e União Brasil) têm mais exposição disponível aos postulantes à Assembleia Legislativa, no entanto, em virtude da fragmentação da campanha, nenhuma sigla deve passar de 10 eleitos, dificultando a vida de quem for escolhido como governador. “Também é importante olhar para outros partidos que orbitam em torno dos candidatos, como o PL, MDB e PSB. São siglas fortes no Ceará e podem dar o tom das eleições. Partidos com mais ideologia como o PL e o Republicanos e com mais fisiologismo como MDB e PSB podem trazer mais nomes. O Psol deve conseguir duas cadeiras e o PCdoB, talvez, não eleja nenhum”, analisa o especialista.
Atualmente, na Assembleia Legislativa do Ceará, o PDT tem a maior bancada da Casa, com 12 deputados. Todos tentam a reeleição: Antônio Granja, Evandro Leitão, Guilherme Landim, Jeová Mota, Marcos Sobreira, Queiroz Filho, Osmar Baquit, Romeu Aldigueri, Salmito, Sérgio Aguiar, Tin Gomes e Bruno Pedrosa. A expectativa, segundo o presidente da legenda, André Figueiredo, é de que três novos parlamentares renovem a bancada do partido na Alece. “Nós temos 35 candidatos e candidatas e nossa expectativa é de renovar entre 25% e 30% da bancada, com três novos deputados eleitos”, afirmou. Dos 35 candidatos do PDT, 15 são mulheres.
O Partido dos Trabalhadores tem a segunda maior bancada com sete cadeiras. São deputados pelo PT: Acrísio Sena, Elmano Freitas, Fernando Santana e Moisés Braz, Augusta Brito, Júlio César Filho e Nizo Costa. Em entrevista ao BDF, o presidente do PT no Ceará, Antônio Filho (Conin), disse que a sigla espera manter a composição para a próxima legislatura. “A gente tem o Elmano disputando a majoritária, a Augusta como suplente do Senador Camilo e 46 candidatos disputando vaga para a Assembléia. É um número muito competitivo para a gente manter a bancada de sete deputados. Com a federação, incluindo PV e PCdoB podemos chegar a nove parlamentares”, prospecta Conin, sem citar possíveis eleitos.
O MDB tem 6 deputados na Alece, formando a terceira maior bancada da casa, com os deputados Agenor Neto, Audic Mota, Danniel Oliveira, Davi de Raimundão, Leonardo Araújo e Nelinho. Todos são candidatos à reeleição.
Já a expectativa do União Brasil (UB) é de aumentar a bancada em pelo menos 50% no legislativo estadual. Em áudio enviado para o BDF, Capitão Wagner, presidente da sigla, disse que espera eleger entre 6 ou 7 deputados e atribui o crescimento da legenda, que conta com 47 candidatos à Assembleia Legislativa, “à votação expressiva de candidatas mulheres e de homens com experiência política, concorrendo à reeleição''. Nossa expectativa é muito boa e o somatório de votos na nossa previsão permite 6, podendo sonhar com a sétima vaga," disse. A sigla tem em seus quadros a deputada Fernanda Pessoa, que tenta vaga na Câmara Federal, e os deputados Heitor Férrer, Soldado Noélio e Tony Brito, que tentam novo mandato na Alece.
PP, PL e PSD são partidos com três representantes na Assembleia. Os deputados Zezinho Albuquerque, João Jaime e Leonardo Pinheiro são do PP. Já o PL tem como representantes os deputados André Fernandes, candidato a Deputado Federal, e Delegado Cavalcante e Drª Silvana que tentam reeleição. Já o PSD conta com Fernando Hugo e Lucílvio Girão. A deputada Érika Amorim é candidata ao senado na chapa de Roberto Cláudio e Domingos Filho.
O Republicanos também tem três deputados na casa, David Durand, Manoel Duca e o Apóstolo Luiz Henrique. Já os deputados Gordim Araújo (PSDB), Walter Cavalcante (PV), Aderlânia Noronha (SD), Renato Roseno (Psol) e Carlos Felipe (PCdoB) são os únicos representantes dos seus partidos no Poder Legislativo. Porém, o deputado do PCdoB não é candidato nas eleições de 2022.
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Edição: Camila Garcia