Os jornalistas do Ceará nunca precisaram tanto de um sindicato. Vivemos, atualmente, os maiores desafios profissionais de nossa história. Nós, operários e operárias da notícia, enfrentamos de frente a crise do modelo de negócio do jornalismo tradicional, o agravamento da precarização laboral, as maiores e mais drásticas transformações tecnológicas e também os mais cruéis ataques e tentativas de descredibilização do nosso ofício. Frente a tudo isso, podemos afirmar: só a nossa organização coletiva, aliada à nossa coragem para lutar pelo jornalismo e pela democracia, é que poderá nos proporcionar um futuro de esperança. E só há um caminho para essa ação: a organização unitária, coletiva e sindical.
Nos últimos anos, o Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) foi responsável por liderar imprescindíveis batalhas. Enfrentamos as tentativas mais recentes de desregulmentação profissional e de destruição dos direitos fundamentais da profissão, como a jornada especial de 30 horas semanais, conquistas estas atacadas pelo Governo Bolsonaro. Assumimos a linha de frente da defesa da vida, ao cobrar equipamentos de proteção individual e condições de sanitárias adequadas de trabalho diante da pandemia de COVID-19, resistimos nas mesas de negociação, para garantir a recomposição da renda e dos direitos assegurados nas convenções coletivas de trabalho, e nos unimos no combate à violência dirigida à nossa atividade profissional. Sem o nosso sindicato muito provavelmente teríamos saído derrotados de muitas destas batalhas.
Portanto, nesses dias que antecedem as eleições do Sindjorce, que acontecem de 26 a 28 de julho, convoco os e as jornalistas cearenses filiados e filiadas ao nosso sindicato a comparecerem às urnas e votarem em defesa do jornalismo e dos e das jornalistas. Tenho muito orgulho de liderar a chapa única “Vamos juntes, jornalistas”, composta por um grupo de outros 24 companheiros e companheiras de luta. Quero mais um vez ser o presidente de todos e todas os e as jornalistas e seguir a caminhada em busca de nossas demandas históricas! E se você, colega cearense, não for filiado ao sindicato, te convido a se juntar às nossas fileiras e fazer parte da luta pela nossa profissão. O jornalismo é peça-chave na construção de um novo momento na democracia. Por tudo isso, mais do que nunca, dizemos: Jornalistas do Ceará, uni-vos!
* Presidente do Sindicato dos Jornalistas do Ceará
** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.
Edição: Camila Garcia