No Ceará, movimentos populares doarão 30 mil quilos de alimentos nas periferias de Fortaleza. A ação acontece neste sábado (18) e contará com um ato político que será realizado no Ginásio Poliesportivo da Parangaba, a partir das 17h. Em seguida, haverá a distribuição dos alimentos nos bairros da capital cearense. A atividade faz parte da Campanha Natal Sem Fome: Cultivando Solidariedade Para Alimentar o Povo.
Desde de 10 de dezembro, diversos movimentos populares vem intensificando a campanha Natal Sem Fome, que tem como objetivo ajudar famílias que estão em vulnerabilidade social nas periferias dos grandes centros urbanos, população de rua, ocupações urbanas entre outras. No Ceará, a campanha vem sendo construída pelo Movimento dos Trabalhadores/as Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento Caminhando em Luta (MCL), Levante Popular da Juventude (LPJ), Consulta Popular (CP), Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) e Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD).
Serão distribuídos aproximadamente 30 toneladas de alimentos, em sua maioria vindos de assentamentos e acampamentos de Reforma Agrária do Ceará. Dentre os itens doados estão: 10 mil litros de leite, farinha, feijão, arroz, polpa de frutas, banana, mamão, acerola, melancia, manga, caju, jerimum, batata, milho verde, tomate, pimentão, pimentinha, cheiro verde, entre outros produtos. As famílias beneficiadas estão nas áreas periféricas de Fortaleza como: Pastoral do Povo de Rua, famílias do bairro Jangurussu, movimento Saúde mental do Bom Jardim, Santa Maria, Serrinha, Bela Vista, Pici, Cidade Jardim I, Comunidade do Trilho, Pastoral do Migrante, Parambu, Vila do Mar, Comunidade Lagamar, Machado Diassis/Paupina, Sítio São João, Lar Menino Jesus, Ocupação do viaduto da Borges de Melo, cozinhas comunitárias, entre outras.
Kelha Lima, dirigente nacional do MST e da coordenação da campanha Natal Sem Fome no Ceará afirma que a campanha Natal Sem Fome no Ceará tem sido construída a muitas mãos. De acordo com ela, os movimentos populares do campo e da cidade tem somado forças pra conseguir proporcionar um natal sem fome para milhares de pessoas que se encontram sem condições mínimas de viver com dignidade e ter o direito ao alimento. “As famílias assentadas, acampadas de todo estado está mobilizada, organizando a sua produção com intuito de contribuir e ajudar aqueles e aquelas que mais precisam nas periferias. É uma forma de retribuir os resultados da luta pela terra e na construção da reforma agrária. De mão dadas vamos seguindo cultivando nossa solidariedade e combatendo esse governo genocida”, afirma
Damiana Bruno, acampada no Acampamento Zé Maria do Tomé relata que “é muito gratificante para nós, enquanto comunidade camponesa, poder partilhar da nossa produção. Hoje a gente vive dessa produção, nos alimentamos e escoamos essa produção. Para nós é um privilégio poder contribuir para um momento tão especial para tanta gente”.
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Edição: Francisco Barbosa