Na manhã de hoje (20), as ruas do Centro de Fortaleza receberam o ato com o tema “Fora Bolsonaro Racista” que, de acordo com a organização, reuniu aproximadamente 10mil pessoas. O ato iniciou com concentração no Passeio Público (Praça dos Mártires), no Centro de Fortaleza, em seguida os participantes caminharam em cortejo para a Praça dos Leões, também localizada no Centro.
José Josivaldo, da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) esteve presente no ato. Ele afirma que “as nossas bandeiras de lutas estão aqui representadas, o nosso sentimento de ânimo e de força acumulada também, então a nossa avaliação é positiva, e saber que derrotar o governo Bolsonaro e o bolsonarismo é necessário, pensando sempre que a luta é superior no enfrentamento ao imperialismo e ao fascismo”.
Josivaldo informa que quem esteve nas ruas hoje tem diversas motivações, mas talvez o que mais expresse a sociedade nesse momento seja a da carestia com as altas tarifas da energia elétrica, do gás, bem como, o preço da alimentação e dos combustíveis, “mas a gente quer, de fato, ampliar essas denúncias e organizar o povo”.
Vilani Oliveira, coordenadora estadual do Movimento Negro Unificado do Ceará (MNU-CE) e secretária de Combate ao Racismo da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam), afirma que no mês de novembro, também conhecido como “Novembro Negro”, o momento é de potencializar pautas raciais. Vilani também lembra que hoje é dia de reverenciar Zumbi, Dandara e todos que tombaram na luta contra o racismo, contra a escravização do povo preto. “Em todo o Brasil, hoje a gente conseguiu unificar tanto a luta dos pretos com o Fora Bolsonaro. Para nós é muito importante a unidade dos que estão na chibata, dos que estão na peia, dos que sofrem, dos que passam fome, dos que comem ossos, dos que disputam restos de comida no caminhão do lixo, isso para nós é essencial”, afirmou Vilani.
De acordo com ela, “a gente tá aqui também para fazer essa ciranda de irmandade, de canto, de alegria, trazer nossas dores, nossa ancestralidade, invocar os que já foram para que a gente não tombe na luta, para que a gente seja resistência, para que a gente consiga políticas públicas reparadoras, políticas afirmativas para que a gente possa galgar um lugar de humanidade, porque eles tentaram nos desumanizar ao longo de nossa existência e a gente resistir. A gente estar vivo, para nós é muito importante”.
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Edição: Camila Garcia