Ceará

Fora Bolsonaro

Com o tema “Fora Bolsonaro Racista”, cidades cearenses confirmam atos para este sábado (20)

As cidades confirmadas até o momento são: Juazeiro do Norte, São Benedito, Limoeiro do Norte e Fortaleza.

Brasil de Fato | Fortaleza (CE) |
O ato na capital cearense ocorre neste sábado (20), a partir das 8h, com concentração no Passeio Público (Praça dos Mártires), no Centro de Fortaleza, com saída em cortejo às 10h para a Praça dos Leões. - Roberto Parizotti/Fotos Públicas

As atividades do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, se somam neste ano à campanha nacional Fora Bolsonaro, com manifestações em Fortaleza e no interior, e em mais de 60 cidades de todo o país. O ato na capital cearense ocorre neste sábado (20), a partir das 8h, com concentração no Passeio Público (Praça dos Mártires), no Centro de Fortaleza, com saída em cortejo às 10h para a Praça dos Leões, também localizada no Centro. Além de Fortaleza, estão confirmados atos em Juazeiro do Norte, na Praça do Giradouro, a partir das 16h; em São Benedito, na Praça dos Índios, às 8h e em Limoeiro do Norte, no Acampamento Zé Maria do Tomé, às 7h . 

O sétimo ato Fora Bolsonaro em Fortaleza tem como tema “Fora Bolsonaro Racista – nem fome, nem bala, nem covid”. Tendo a pauta antirracista como centro, a manifestação continua a trazer outras pautas de relevância nacional como desemprego, descontrole no custo dos alimentos, do gás, dos combustíveis, da conta de luz e da moradia, pobreza e fome. O ato é organizado pela Frente Brasil Popular Ceará, Frente Povo sem Medo, Coalizão Negra por Direitos, Movimento Negro Unificado e Fórum Sindical, Popular e de Juventudes de Luta pelos Direitos e pelas Liberdades Democráticas.
 
Vílani Oliveira, coordenadora estadual do Movimento Negro Unificado do Ceará (MNU-Ceará) explica que esse ano, o 20 de novembro ganha um significado maior diante desse governo que vem causando um desmonte nas políticas públicas e acentuando as desigualdades sociais, a fome, a própria questão da vacina, que não chegou para todo mundo. “Nós, pretos e pretas, somos os mais vulneráveis a essa situação. É grande o desemprego no Brasil, que atinge a população preta; a violência da polícia, que sempre bate nos couros dos pretos; as balas, que sempre encontram corpos pretos; e o encarceramento em massa, que tem a cor preta”.

Daniela Silva, da coordenação municipal do MNU Fortaleza/CE e da articulação nacional Coalizão Negra por Direitos, reforça que o racismo estrutural produz desigualdades que atingem as existências de negros e negras. “A população não negra cada dia mais tem consciência do descaso histórico que o Estado brasileiro tem para com nosso povo negro. Um projeto genocida, uma herança pós-escravidão que nos foi dada a condição de sobrevivência pela própria sorte e da qual somos vítimas até os dias de hoje”, afirma.

A ação também contará com manifestações culturais realizadas na Praça dos Leões com a presença de Pingo de Fortaleza, Calé Alencar, Maracatu Solar, entre outros.

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Edição: Francisco Barbosa