Ceará

Movimentos Populares

Editorial | O povo brasileiro tem saído às ruas com rebeldia, alegria e cuidado

Nesse 24 de Julho o desafio é ampliar a mobilização para mais cidades

Brasil de Fato | Fortaleza (CE) |
O 24J no Ceará terá um tempero especial, pois as manifestações, sobretudo em Fortaleza, serão marcadas também pela solidariedade ao Padre Lino Allegri - Monyse Ravena

O povo cearense tem seguido o calendário nacional de lutas em defesa da vida, contra a volta da fome e a alta dos preços de produtos essenciais em nosso dia a dia. Tem saído às ruas com sua rebeldia e alegria estampada em faixas e nos rostos de máscara, como orienta a ciência e a medicina . Mas nesse dia 24 de Julho que irradia no horizonte o desafio é ampliar para mais cidades no interior do estado e crescer cada vez mais junto a setores populares da sociedade, que mesmo apoiando massivamente as manifestações ainda não tem se somado nas ruas.

O povo organizado nos movimentos populares, partidos e sindicatos tem mantido a fagulha da esperança acesa, mas é necessário que essa fagulha incendeie os setores progressistas das religiões, movimentos culturais, associações de bairros, desempregados e trabalhadores em geral.

O 24J no Ceará terá um tempero especial, pois as manifestações, sobretudo em Fortaleza, serão marcadas também pela solidariedade ao Padre Lino Allegri que nos últimos dias tem sofrido inúmeras ameaças e agressões de bolsonarista, que o coagiram na sua própria Paróquia e nas redes, obrigando-o a entrar para o Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos. E qual foi o seu pecado? Fazer uma reflexão sobre as mais de meio-milhão de vidas perdidas para a covid-19, que é uma doença que já tem inúmeras vacinas para ajudar a contê-la, além claro do uso de máscara e álcool em gel. 

Vale lembrar que Cuba, aquela ilha no Caribe que vive um bloqueio econômico a mais de 60 anos já tem duas vacinas de desenvolvimento próprio, enquanto nós temos e-mails não respondidos, mascaras, vacinas superfaturadas, kit covid e poucas políticas de vacinação e conscientização sobre a doença, mesmo o Brasil sendo um dos países no mundo com a maior experiência nesse tipo de ação.

Nesse 24J, o povo vai às ruas novamente com máscara, seu álcool em gel e cartazes movendo as estruturas para tentar salvar o país de um genocida.

Edição: Monyse Ravena