Vivemos um momento decisivo para o futuro de nosso País. Diante da situação insustentável com quase 500 mil mortes pela incompetência do governo Bolsonaro que negou a ciência, a vacina e ainda hoje não tem qualquer responsabilidade com as vidas do povo brasileiro.
Sabemos que muitas coisas podem ocorrer até a confirmação das chapas para as eleições de 2022. Contudo, as peças do xadrez estão se movimentando cada vez mais rápido e demonstrando quais forças tem condições de derrotar Bolsonaro.
No cenário atual, na oposição ao governo Bolsonaro, há os que defendam que o mesmo chegará sem qualquer força para as próximas eleições. Contudo, é necessário analisar alguns fatores para além da vontade. Em tendência, a grande maioria da população adulta será vacinada ainda em 2021 e também as projeções indicam um crescimento de nossa economia no patamar de 4%. Tais questões casadas a base fiel de Bolsonaro que as pesquisam sempre indicam entre 25 e 30%, faz com que olhemos com melhores olhos a sua candidatura.
Ao mesmo tempo, Lula corre para garantir um palanque de peso para 2022 e trabalha forte nisso, colocando como objetivo inicial crescer bem no Sudeste e Sul, onde Haddad teve muita dificuldade, seja avançando com PSB, PCdoB e ampliando relações com partidos de centro.
O Rio de Janeiro terá palanque com Freixo em uma ampla unidade, São Paulo terá uma chapa de esquerda forte também, ainda indefinida entre Boulos, Haddad e o próprio Márcio França, em Minas Gerais também avança o diálogo com Kalil e no Rio Grande do Sul com Manuela.
No Nordeste as intenções de votos em Lula crescem a cada dia e Bolsonaro continua apresentando dificuldades na região.
Nesse sentido, alternativas de terceira via ficam cada vez mais inviáveis politicamente e o jogo vai se decidindo entre Lula e Bolsonaro.
Até lá, enquanto os partidos vão realizando suas articulações, a tarefa central dos movimentos populares é de desgastar o presidente nos atos unitários que estão sendo chamados nas ruas, como exemplo o do próximo dia 19 de junho e também nas redes. Avançando no trabalho de base popular e disputando a consciência do povo que não há terceira via possível, sem menosprezar Bolsonaro e também sabendo que estamos no jogo.
Por vacina no braço e comida no prato.
*Militante do Levante Popular da Juventude, morador do Cidade Jardim e Advogado Popular membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/CE.
Edição: Monyse Ravena