Durante o mês de maio, 14 coletivos de mães de diversos lugares do Brasil realizam a 2ª Campanha Nacional de Mães por Memória, Justiça, Garantia de Direitos, Pão e Vacina a todos. É mais um momento em que pautam a luta por justiça para o assassinato de seus filhos e filhas, muitas vezes vítimas de agentes do Estado. A programação acontece virtualmente pelo segundo ano consecutivo devido à pandemia e pode ser acompanhada nos perfis e canais dos coletivos de mães.
O evento é fruto de uma mobilização nacional iniciada em 2016, em São Paulo, que deu início à Rede Nacional de Mães e Familiares de Vítimas do Terrorismo do Estado. Nos anos seguintes foram realizados mais três encontros em diferentes estados: Rio de Janeiro, Bahia e Goiás. Em maio de 2020, o 5° Encontro no Ceará foi adiado por conta da covid-19, mas está previsto para acontecer ainda este ano, dependendo das condições sanitárias.
Justiça, Memória e Direitos
Uma carta será enviada a autoridades cobrando por ações reparativas, memória, justiça e garantia de direitos para vítimas, para a juventude preta e pobre moradora das comunidades e para internos do sistema socioeducativo e prisional. O documento também cobra pão e vacina para todos, diante da calamidade em que vive a maioria dos brasileiros com inflação, desemprego e mais de 400 mil mortes por covid-19.
Fazem parte da Campanha deste ano os seguintes coletivos: Movimento Mães e Familiares do Curió (CE), Mães da Periferia de Vítimas por Violência Policial do Estado do Ceará (CE), Vozes do Sistema Socioeducativo e Prisional (CE), Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência (RJ), Mães de Manguinhos (RJ), Movimento Moleque (RJ), Mães da Maré (RJ), Mães em Luto da Zona Leste (SP), Mães da Baixada (RJ), Núcleo de Mães Vítimas de Violência (RJ), Coletivo Mães do Xingu (PA), Mães de Brumado (BA), Movimentos Mães de Maio do Cerrado (GO) e AMAR (RJ).
Edição: Monyse Ravena