Panelaços, carreatas, atos e intervenções urbanas. Nos primeiros dias do ano, a tendência de organização de atos pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro só cresce. No último dia de janeiro, a Paraná pesquisas divulgou os resultados do último levantamento de aprovação do governo de Jair Bolsonaro e, pela primeira vez, sua reprovação chegou a 48%, maior índice até então. Segundo pesquisa do Data Poder divulgada no último dia três de fevereiro a aprovação de Jair Bolsonaro caiu quase oito pontos na região Nordeste, indo de 48% para 40%.
Entre as muitas reivindicações dos manifestantes, a gestão de Bolsonaro com a crise da pandemia é um dos principais motivadores para a organização desses atos. O Brasil de Fato Ceará esteve em diversos atos que pediam o Fora Bolsonaro, em Fortaleza, para ouvir de manifestantes qual a importância de pedir pelo impeachment do presidente.
Enfrentamento
A militante do coletivo Feminista Ana Montenegro, Bianca Amarantes, diz que as manifestações são importantes instrumentos de enfrentamento a política de Bolsonaro, caracterizada por ela como genocida. “Acredito que é importante a gente estar organizando esses atos ao redor do Brasil para pedir o impeachment da chapa Bolsonaro-Mourão para que nós possamos fazer um enfrentamento às políticas genocidas desse governo e o total descaso para com a classe trabalhadora” diz a militante. Durante a pandemia, mais de 220 mil pessoas perderam a para a covid-19.
Defesa dos direitos
Gene Santos é integrante da Direção Nacional do MST. Ele reafirma que a luta pelo impeachment do presidente é também um ato defesa para a garantia de direitos fundamentais conquistados por trabalhadoras e trabalhadores. “Esse é o momento para nos despertar para lutar para garantir diversas pautas importantes para o povo, como a manutenção do auxílio emergencial, a garantia da vacinação para toda a população brasileira e a defesa do SUS. Mas tudo isso só pode ser garantido quando houver o impeachment” realça Gene.
Gestão Falha
“Ele parece que não acredita que está havendo uma pandemia, que a vacina é importante. Fora os casos de corrupção que todos os dias estão aí na mídia para todo mundo ver. Ele é uma pessoa despreparada, que não está preocupado com a população. Basicamente um mal gestor, no mínimo.” relata o servidor público João Paulo Souza.
Na contramão das orientações da Organização Mundial de Saúde para o controle da pandemia, o governo preferiu investir e distribuir, via Ministério da Saúde, medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento precoce, como a hidroxicloroquina, remédio originalmente para malária que recebeu do governo federal R$ 90 milhões para aquisição em massa. Em contrapartida, o governo ainda deve ao Instituto Butantan, o pagamento pela produção das primeiras doses da vacina Coronavac.
Edição: Monyse Ravena