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Com baixa procura, hospital de campanha do PV em Fortaleza é desativado

Redução da taxa de transmissão e baixa nos indicadores são fatores que levaram a desativação

Brasil de Fato | Juazeiro do Norte (CE) |
A estrutura montada no PV foi uma das primeiras respostas ao aumento progressivo do número de casos de covid-19 em Fortaleza. - Foto: Mateus Dantas

Após realizar o atendimento de mais de 1000 pacientes infectados por coronavírus em Fortaleza, o Hospital de Campanha construído na estrutura do Estádio Presidente Vargas, conhecido como PV, em Fortaleza está em processo de desativação. Essas e outras estruturas em processo de desativação estão realizadas devido à atual situação epidemiológica de Fortaleza, com casos confirmados e mortes em níveis que variam entre queda e estabilidade.

Hospital de Campanha

A estrutura montada no PV foi uma das primeiras respostas ao aumento progressivo do número de casos de covid-19 em Fortaleza. Ao todo, o hospital de campanha atendeu 1.239 pacientes cearenses, com 1.025 altas e cerca de 140 óbitos. Com a baixa movimentação na estrutura, o fechamento foi oficializado este mês após semanas com baixa procura. “Temos hoje uma situação do ponto de vista assistencial confortável porque há uma redução muito importante de circulação viral” explica o médico epidemiologista, Dr. Antonio Silva Lima Neto, gerente da Célula de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza. 

A taxa de transmissão (RT) é um índice que mesura a transmissão efetiva através da circulação viral de coronavírus em determinado território. Índices menores que 1 indicam estabilidade da situação epidemiológica. Fortaleza, que já chegou a ter uma RT de 0,92 entre julho e agosto, hoje mantém a RT entre 0,73 e 0,72 de acordo com dados disponibilizados pela plataforma Integra SUS. 

Segunda onda

Devido a atual situação epidemiológica baseada nos estudos e dados compilados pela equipe de saúde de Fortaleza, Dr. Antonio, não acredita que possa haver uma nova onda de aumento de casos de covid-19 em Fortaleza nos próximos dias. “Os dados mostram que cresceu muito o alicerce imunológico que alcançamos por aqui. Acho difícil de acreditar que possa haver uma segunda onda de casos por agora” diz. 

A plataforma Integra SUS mostra uma redução de índices como a taxa de letalidade que de 8,4% registrado em maio caiu para 3,3% em setembro. O número de óbitos, que já chegou a 123 casos no dia 11 de maio, está em média de 2 casos confirmados. De acordo com o Boletim Epidemiológico relativo à 38ª semana epidemiológica, a média móvel de casos atualmente (17 casos) é 99% menor do que a registrada no ápice da pandemia na capital (915 casos).

Edição: Monyse Ravena