O requerimento pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Cloroquina foi encaminhado pelo deputado federal Rogério Correia (PT-MG). Um dos pontos que justificam a instalação da CPI é que não há evidência científica de que a cloroquina é eficaz no tratamento da covid-19. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já anunciou a retirada da hidroxicloroquina de seus testes contra a doença. Ainda assim, Jair Bolsonaro (sem partido) segue fazendo propaganda e incentivando as pessoas tomarem o medicamento. O documento com o pedido da CPI tem como coautores os deputados petistas Jorge Solla (BA), Alencar Santana (SP), Arlindo Chinaglia (SP), Rosa Neide (MT) e Paulo Pimenta (RS)
“A cloroquina é uma medicação usada há 70 anos no Brasil principalmente como forma de combater a malária e o lúpus. Sua produção nos laboratórios do Exército se explica por esse motivo. No entanto, apesar do entusiasmo do Presidente Bolsonaro, sua utilização no tratamento da COVID-19 não apresenta eficácia comprovado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já orientou a interrupção de pesquisas com cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da covid-19 devido a baixíssima ou nenhuma redução da mortalidade de pacientes submetidos ao uso dessas medicações”, informa um trecho do documento.
O documento também afirma que mesmo diante dos fatos científicos existentes até aqui, da orientação das organizações internacionais de saúde, já foram produzidos cerca de três milhões de comprimidos de cloroquina pelo Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército. As informações preliminares apontam que apenas entre os meses de março e abril o volume produzido de cloroquina foi 84 vezes superior a produção anterior a pandemia de covid-19.
Questionamentos
O requerimento da CPI da Cloroquina traz perguntas que ainda não foram respondidas como, por exemplo: Que ato formal determinou a produção da substância cloroquina e/ou hidroxicloroquina pelo laboratório oficial de química e farmacêutica pertencente ao Exército brasileiro? Qual o quantitativo produzido, mês a mês, do ano anterior até o ato presidencial determinando a fabricação de cloroquina e/ou hidroxicloroquina? Quanto já foi gasto com cada fornecedor? Houve processo licitatório para a aquisição da matéria prima? Entre outros.
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Edição: Monyse Ravena