O Fórum Ceará Pela Vida, coletivo que reúne mais de 100 entidades entre movimentos, associações, sindicatos, partidos e representações do campo e da cidade, realiza hoje (30), a partir das 15h, ação pela web intitulada “Quem tem fome, tem pressa”. Com o uso da hashtag #quemtemfometempressa, a iniciativa visa cobrar o Governo do Estado do Ceará adoção de medidas urgentes, visando à garantia de saúde, alimentação e bem-estar das populações em situações de vulnerabilidade.
O Sindicato dos Jornalistas no Ceará (Sindijorce), que integra o Fórum Ceará Pela Vida, em matéria publicada em seu site informou que o Fórum aguarda o atendimento das demandas apresentadas ao governador Camilo Santana, por ocasião da entrega da Carta dos movimentos e organizações populares do campo e da cidade contra o coronavírus no Ceará. “Entre os pleitos, além de uma política pública que preserve a vida da classe trabalhadora, dos povos tradicionais, dos vulneráveis e das populações do campo, das florestas e das águas, estão ações práticas como a doação de pouco mais de 16 mil cestas básicas, de 87,5 mil máscaras e de 16 mil kits de higiene para famílias cadastradas nos territórios e periferias da Capital e do interior”, diz um dos trechos da matéria.
Segundo o dirigente nacional do MST, Geni Santos, O Fórum Ceará Pela Vida tem uma pauta emergencial com o Governo do Estado do Ceará. “Tivemos reunião com o governador e, de lá pra cá, já tivemos várias reuniões com diversos secretários para discutir, principalmente, algumas questões mais emergenciais como máscara, kit higiênico e também essa questão da alimentação”. De acordo com ele, foi feita uma solicitação de 20 mil cestas e que o governo chegou até a sinalizar dois milhões de reais para isso, mas, Geni explica que já faz bastante tempo e, até agora, não há avanço essa questão da alimentação.
Geni informa que já existe um projeto de lei que está pronto e se encontra atualmente na Casa Civil, mas que precisa ser enviado com urgência para a Assembleia Legislativa do Ceará para ser aprovado. “Nós estamos fazendo um diálogo com o governo, mas o governo até agora... falta só mandar esse projeto para Assembleia pra poder aprovar. Por isso essa mobilização de hoje, nesse sentido, de tentar sensibilizar o governo da necessidade de mandar esse projeto urgente porque, na verdade, há populações que estão passando fome mesmo”.
Segundo ele esse projeto irá atender à povos tradicionais, indígenas, quilombolas, ciganos, povos de terreiro, pescadores, agricultores e algumas comunidades de periferia.
Edição: Monyse Ravena