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Crônica | O 26 de julho em Cuba e a força das ideias

Uma ideia que virou movimento, força coletiva e revolução, podemos pensar assim sobre o 26 de julho.

Brasil de Fato | Fortaleza (CE) |
A batalha das ideias segue, e onde os trabalhadores e trabalhadoras resolvem romper com as amarras, sopra um vento de esperança de um novo mundo. - Foto: Reprodução

“Trincheiras de ideias valem mais do que trincheiras de pedra”, essa frase, do intelectual cubano José Martí (1853-1985), parece ecoar e ganhar novo fôlego a cada século. A batalha das ideias segue, e onde os trabalhadores e trabalhadoras resolvem romper com as amarras, sopra um vento de esperança de um novo mundo. Uma ideia que virou movimento, força coletiva e revolução, podemos pensar assim sobre o 26 de julho. 

A data que atualmente se celebra em Cuba como o Dia da Rebeldia Cubana, tem sua referência no dia do ataque ao quartel Moncada, em 1953. A ideia de uma Cuba livre e com justiça social foi plantada em muitos corações nesse dia, o que permitiu uma grande trincheira que culminou no ano novo de 1959. Apesar da data ser celebrada na ilha caribenha, os ventos que trazem as boas ideias tem longo alcance. 

A intransigência dos pobres contra a intolerância dos ricos, para lembrar o grande mestre Florestan Fernandes, é das ideias que fortalecem as trincheiras anunciadas por Martí. O exemplo de Cuba, e do Movimento 26 de Julho, é a celebração da rebeldia que luta pela construção de um mundo novo, feito por sujeitos, homens e mulheres, capazes de transformar sonhos em caminhos reais. Como escreveu Martí, Juntar-se: essa é a palavra do mundo. E que venham os bons ventos!

*Jornalista e mestre em História Social pela Universidade Federal do Ceará

Edição: Monyse Ravena