Após nove semanas de implantação do Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais, Fortaleza entra na quarta fase de abertura e em pronunciamento feito pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT) ao pelo prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT) o avanço do plano só está sendo possível graças ao isolamento feito anteriormente que evitou uma maior proliferação do vírus. Diante dos números, os municípios da macrorregião de Fortaleza passam para a fase três e a Macrorregião Norte, por seus indicadores continuarem em queda, passa para a fase um. Já Fortaleza passa para a fase quatro e algumas atividades continuarão sem autorização para funcionamento. São elas: escolas e universidades para aulas presenciais; academias; cinemas; bares e eventos.

De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado no dia 16 de julho, pelo Governo do Estado do Ceará, A curva epidemiológica dos casos de covid-19 mostra três momentos. Um aumento no número de casos suspeitos a partir do dia 4 de março, atingindo o primeiro pico no dia 20 de março. Entre a segunda quinzena de abril e o começo da segunda quinzena de maio houve um incremento de 91% na média de casos, quando ocorreu o “platô” de covid-19 no estado, ocorrendo em seguida redução até ao final do mês. Em junho, observa-se estabilização na média de casos, sugerindo a manutenção de cadeias de transmissão no Ceará, resultante do processo de interiorização da doença.

Para Leandro Araújo, médico de família e comunidade, integrante da Rede Nacional de Médicos Populares e do MST, o que se pode afirmar, a partir do que se observa do boletim epidemiológico divulgado pelo Governo do Estado do Ceará, é uma estabilização do número de casos, principalmente, na capital cearense, na Região Metropolitana de Fortaleza e em algumas outras regiões do estado. “Impressiona que chegamos a uma barreira imunológica, mas que o risco sempre existirá de uma inversão, que é importante monitorar de forma permanente a situação, apesar do aumento do número de casos na totalidade, mas com redução progressiva de casos novos quando se compara o período de cada semana epidemiológica”.Ele explica que, observando as áreas descentralizadas de saúde é possível ver que na Região Metropolitana de Fortaleza também tem tido uma grande queda, tanto no número de casos como também uma expressiva queda no número de óbitos.

Leandro explica que estamos a mais ou menos 10 semanas com redução de casos confirmados e de óbitos, o que deixa a situação assistencial na saúde de forma confortável.  “Comparando esse período das semanas epidemiológicas, a gente pode ver que há uma redução do número de casos comparado com final de abril e início de maio, na primeira quinzena de maio quando. Realmente, o número de óbitos e o número de casos estavam de forma crescente e até assustadora no nosso estado”.

Em seu site, o Governo do Estado do Ceará afirma que há uma preocupação para que não haja retrocesso em nosso estado como tem sido acompanhado em vários estados e até em outros países também. 
 
Ceará

Camilo Santana informou que, mesmo que alguns municípios estejam avançando no plano de retomada da economia, outras cidades, principalmente das macrorregiões do Litoral Leste/Jaguaribe e do Cariri permanecerão nas fases atuais, por conta dos indicadores recentes. Barbalha, Crato, Juazeiro do Norte, Brejo Santo e Iguatu, por exemplo, permanecerão em isolamento rígido.

Segundo os últimos dados da plataforma IntegraSUS, o Ceará tem 148.896 casos confirmados, e um total de 7.284 óbitos. Em contrapartida, já são 124.027 casos recuperados em todo o estado. Já Barbalha, Brejo Santo, Crato, Juazeiro do Norte e Iguatu somam 9.320 casos confirmados e 293 óbitos.

Edição: Monyse Ravena