No último dia 7 de julho o Movimento Negro Unificado (MNU), completou 42 anos. A organização teve importantes intelectuais da realidade brasileira entre suas fileiras, que colocaram o povo negro no centro do debate. Entre elas é importante citar a contribuição da antropóloga e ativista Lélia Gonzalez
Entre as questões que levaram a fundação do Movimento estão o caso do feirante Robson Silveira da Luz, que foi preso, torturado e assassinado pela polícia da ditadura militar em 1978, isso por ter sido acusado de roubar frutas de seu local de trabalho. Ainda em 1978 quatro jovens atletas foram discriminados pelo Clube de Regatas do Tietê e o operário Nilton Lourenço morto pela polícia na Lapa em São Paulo. Todos eram negros.
O MNU foi essencial na formulação da Constituição de 1988, durante o processo da Assembleia Constituinte, para a demarcação de terras quilombolas e a criação da Lei 10.639, que prevê o ensino da história afro-brasileira nas escolas, que até hoje sofre com sua implementação.
“São 42 anos de luta, resistência, sonhos e rebeldia do MNU” descreve Francisco Nonato, militante do movimento, “combater a violência racial, para combater a violência policial, para combater o genocídio em massa que historicamente o nosso povo sofre no cotidiano”. Francisco completa que “42 anos de profunda elaborações, de escritas coletivas de nós, para nós e por nós”
Edição: Monyse Ravena