Na manhã de hoje (03) moradores e comerciantes do Conjunto Cidade Jardim II, no bairro José Walter, foram surpreendidos com ação de desapropriação de quiosques e barracos que foram construídos pelos moradores e que serviam como pontos comerciais. Rogério Babau, do Levante Popular da Juventude informou que a ação contou com o Batalhão de Choque da Guarda Municipal, a Polícia Militar e o Batalhão de Choque, o Cotan, carreatas e tratoresr. De acordo com ele, os primeiros momentos foram de muita tensão e violência. A população tentou fazer barricadas para conter a inciativa.
A comerciante, Francisca Edyla Rodrigues, informa que foi uma ação surpresa. “A gente não sabia. Nenhum comerciante foi notificado, não. Nada disso. Apenas eles chegaram pela manhã, todos bem armado, com polícia com caçamba com tudo, tudo mesmo, todo aparato possível para destruir tudo”.
Ela afirma que a população ficou muito revoltada porque, de acordo com ela, todos tiveram gastos para construir seus comércios. “Lutamos para construir pra no final das contas eles vir e derrubar sem mais nem menos, chegou e pronto! Tem que ser derrubado, tem que tirar todas as suas coisas de dentro em minutos para demolir”. Ela informa que outras pessoas foram notificadas hoje para tirarem seus pertences para amanhã ser derrubado o restante. “A gente pretende lutar, pretende ir atrás dos nossos direitos afinal, somos trabalhadores, todos somos trabalhadores”, afirma Francisca Edyla.
“Cidade Jardim 2 foi jogado no meio do nada, então aqui não tinha nada do comércio, não tinha escola, não tinha linha de ônibus e foi construído luta para conseguir. Não existia farmácia, não existia mercantil, mercearia, padaria, então foi o povo que teve que se organizar para tentar dar esse suporte para o restante do povo”, quem lembra da luta dos moradores é Rogério que diz que todas as conquistas alcançadas pelos moradores foi para que a população pudesse ter um mínimo de comodidade.
O Conjunto Cidade Jardim 2 fica no bairro José Walter, mas de acordo com Rogério, é tudo muito distante do centro comercial do José Walter e isso fez com que fosse necessário que os moradores construíssem pontos comerciais para a população poder sobreviver, pois é daí que muitos tiram o sustento.
Edição: Marcos Barbosa