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Reitor da UFC expõe histórico e constrange aluno indicado ao Conselho Universitário

O DCE emitiu nota afirmando que a atitude do reitor foi uma forma de constranger o estudante junto aos demais colegas

Brasil de Fato | Fortaleza (CE) |
Cândido Albuquerque (dir.) ao lado do ministro Abraham Weintraub (esq.); Albuquerque ficou em 3º lugar nas eleições para a Reitoria, mas foi escolhido por Jair Bolsonaro para o cargo - Gabriel Jabur / Divulgação/MEC

De acordo com o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Ceará (UFC), na madrugada de domingo (15), o reitor, Cândido Albuquerque, em resposta a uma publicação da denúncia feita contra ele no Ministério Público Federal (MPF) contra improbidade administrativa, expôs o histórico de um estudante indicado como conselheiro no Conselho Universitário (Consuni).

Juliana Roque, diretora de comunicação do DCE-UFC, informa que a atitude do reitor foi uma forma de constranger o estudante junto aos demais colegas no fórum da Universidade em uma rede social. “Com a narrativa de que esse estudante não seria possivelmente qualificado para ocupar uma cadeira no Conselho por não ter a excelência acadêmica esperada pelo reitor, desconsiderando todas variáveis que impactam negativamente o rendimento acadêmico dos discentes, transformando o espaço de representação num espaço meritocrático”, afirma.

Em nota, o DCE informa que “utilizar de informações privilegiadas para constranger e intimidar um estudante nada mais é que uma forma de chantagem e perseguição ao movimento estudantil e suas representações”. A nota também explica que as provas foram encaminhadas para os advogados mediadores do processo contra o reitor no MPF. Juliana diz que o Diretório se posicionou através de redes sociais cobrando o posicionamento da administração superior sobre o ocorrido, mas até o momento não obtiveram respostas da reitoria. Segundo ela, o discente atacado se sente intimidado pelas ações de Cândido e pelas ameaças prestadas a ele e também contra eventuais estudantes que se oponham ao comportamento de excelência acadêmica típica.

“Além dos encaminhamentos de provas com os advogados, estamos estabelecendo um diálogo próximo com o todo o corpo discente e docente para que esse assunto não se caia somente sobre as representações superiores e que sejam expostas arbitrariedades que a Reitoria vem exercendo para toda a comunidade acadêmica”, finaliza.

O Brasil de Fato entrou contato com a assessoria de comunicação da UFC, que informou que a entidade não se manifestará sobre o assunto.

Edição: Monyse Ravena