Ceará

Quarentena

Trabalhadores do ramo alimentício contam como o coronavírus afetou sua rotina

Com tantas mudanças no mercado, uma área se mostra ativa nesse período: o ramo da alimentação.

Brasil de Fato | Fortaleza (CE) |
Com tantas mudanças no mercado, uma área se mostra ativa nesse período: o ramo da alimentação. - Foto: Divulgação / Pref. de Feira de Santana

O isolamento social, como medida preventiva contra o coronavírus já é uma realidade há algum tempo, e essa ação trouxe mudanças na rotina dos trabalhadores. Estabelecimentos tiveram que fechar suas portas permanentemente por motivos econômicos ou apenas temporariamente, como é o caso dos serviços não essenciais. Já os serviços essenciais como farmácias e supermercados tiveram que adaptar suas formas de atendimento para evitar a concentração de pessoas em um mesmo local. Com tantas mudanças no mercado, uma área se mostra ativa nesse período: o ramo da alimentação.

Há cinco meses, por exemplo, Isabel Gomes iniciava a sua empreitada no ramo alimentício com a criação do Deliveggie, onde produz comidas veganas e vegetarianas. Isabel Gomes afirma que a situação atual traz dificuldades, “a questão econômica tá delicada, tá bem complicada porque muitas pessoas perderam o poder de compra, ou estão economizando ou perderam seus empregos. Enfim, e isso obviamente reverbera na questão da rotatividade do comércio, do dinheiro”.

Isabel explica que no início, o Deliveggie realizava atendimento somente por delivery, de segunda a sexta, mas com a chegada da crise ocasionada pelo coronavírus teve que se adaptar e, atualmente, o atendimento por delivery só está sendo realizado nas segundas-feiras. A decisão, de acordo com ela, foi para evitar a saída de casa para o supermercado constantemente, já que tinha que fazer as compras diariamente para a produção dos pratos.

Outra mudança ocorrida dentro da quarentena foi a inclusão de serviços de produção e entrega de comida congelada. Ela informa que houve procura por esse tipo de serviços e resolveu fazer o teste. “Para minha surpresa os congelados deram muito certo”. Com as comidas congeladas e o atendimento por delivery realizada somente uma vez por semana, suas idas ao supermercado diminuíram, o que, para ela representa um cuidado com os cliente e com a sua família.

Isabel explica que está seguindo todas as recomendações de prevenção à covid-19 como o uso de máscaras, higienização das comidas e das mão, assepsia das embalagens dos produtos comprados no supermercado e cuidados no manuseio dos alimentos que já era feito antes com o uso de luvas, para evitar o máximo de contato possível com os produtos.  Ela também fala um pouco sobre as suas expectativas para quando toda essa crise passar. “Que eu consiga voltar com o delivery, com as comidas frescas sem correr o risco de contaminar as pessoas e que esse negócio dos congelados consiga crescer ainda mais”.

Lúcio Sousa trabalha no Perony Sushi, que fica localizado na rua Padre Anchieta, 1005, no bairro Monte Castelo. Ele explica que nesse período, a questão econômica caiu um pouco porque o atendimento no estabelecimento parou, mas, por outro lado, as vendas pelo delivery aumentaram. “Aprimoramos o delivery depois da quarentena , sempre tomando os devidos cuidados na produção de alimentos mantendo higienização, lavando sempre as mãos usando máscaras, álcool, disponibilizando álcool gel aos clientes que vem retirar os produtos no local e  aos entregadores sempre de mascara e álcool gel”.

Deliveggie
@deliveggie_ce

Perony Sushi
@peronysushi
 

Edição: Monyse Ravena