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Gravidez

Coronavírus traz preocupações à mulheres gravidas

Mayara e Juliana estão em sua primeira gravidez e compartilharam com o Brasil de Fato seus anseios em meio a pandemia

Brasil de Fato | Fortaleza (CE) |
De acordo com Juliana, as orientações passadas pelo seu médico são as mesmas para toda a população: lavar as mãos com água e sabão frequentemente; uso de álcool gel a 70%. - Foto: Divulgação / Pref. de Araraquara

A engenheira agrônoma e educadora ambiental, Mayara Mader e a assistente social, Juliana Basílio Rodrigues são moradoras de Fortaleza, talvez elas nunca tenham se encontrado, mas ambas tem algo em comum: estão grávidas e esperando a chegada do primeiro filho. Esse é um momento especial para as duas, mas também traz algumas preocupações e momentos difíceis de prevenção ao Coronavírus. 

Mayara está grávida de 17 semanas, a previsão do nascimento de seu primeiro filho é no mês de setembro. Os planos é que o parto será feito na maternidade e ela fala um pouco sobre a sua preocupação com a chegada do filho. “A maior preocupação é quanto à possibilidade de contaminação nos hospitais. Sei que na rede pública os partos e atendimentos a gestantes foram todos encaminhados para hospitais específicos que não atendem pacientes com o vírus, mas na rede privada ainda não se falou nisso”, afirma.

Mayara diz que está se preparando para um parto natural e mostra preocupação de como estarão os hospitais e sobre o avanço do Coronavírus. “Estou me preparando para um parto natural, mas nunca se sabe se na hora será necessária uma cesariana, se haverá a necessidade de UTI. Isso complicaria, mas se Deus quiser, não será necessário e tenho a esperança de que em setembro tudo já esteja mais tranquilo”.

Juliana também está esperando seu primeiro filho. Ela está grávida de 21 semanas, e a previsão de nascimento é agosto. Ela fala um pouco sobre as suas preocupações com a chegada do filho. “Até o momento estou bem tranquila em relação ao parto. A minha maior preocupação em relação à quarentena é o fato de não saber quando este período vai passar, se vai durar toda a gestação ou se estender até a licença maternidade e de repente não ter a família e amigos por perto quando o bebê nascer”, afirma. Ela explica que tudo isso aumenta a ansiedade.

De acordo com Juliana, as orientações passadas pelo seu médico são as mesmas para toda a população: lavar as mãos com água e sabão frequentemente; uso de álcool gel a 70%; quando não for possível lavar as mãos com água e sabão; usar máscara quando for extremamente necessário se deslocar nas ruas; manter o isolamento social; evitar contato com as pessoas como abraço e aperto de mão; em casa ter medidas de higiene como a lavagem de frutas e verduras; evitar receber visitas.

Quarentena

Mayara explica que está evitando sair de casa durante a quarentena, e que é seu companheiro que está indo ao supermercado e farmácia quando necessário. Quando ele chega em casa, ela explica que as roupas vão para lavagem e ele vai logo tomar banho. As chaves e celulares também são lavados ou higienizados com álcool. “As compras todas são lavadas ou passadas no álcool. Regularmente limpamos as maçanetas e celulares em casa também. Todos os dias eu abro bem as janelas para arejar a casa. Somos só nós dois, então acredito que tomando os cuidados quando ele sai, fica mais fácil prevenir. Outra coisa é a questão de saúde mental. Estou fazendo meditação, tomando sol quase todos os dias e ligando para as pessoas. Tem dias que é mais difícil”.

Juliana diz que o casal evita sair de casa, mas quando há a necessidade eles veem a possibilidade de apenas uma pessoa sair para resolver algo no supermercado, farmácia etc, mas quando não dá os dois saem juntos, mas até isso mudou com a quarentena. “O hábito ao entrar em casa mudou, agora deixamos os calçados fora para serem limpos, tudo que chega do supermercado é lavado ou higienizado com álcool, mas já tínhamos esse hábito”. Ela afirma que “os cuidados conosco acredito que reflete para o bebê”.
 

Edição: Monyse Ravena