Uma das apostas de medalhas para o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, está depositada no vôlei de praia, e mais uma vez o Ceará conta com uma representante na modalidade. A cearense Rebecca Cavalcante, que faz dupla com a mineira Ana Patrícia. A dupla se classificou em 2019, após a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) divulgar o calendário do Circuito Mundial 2019/2020, definindo assim as duplas que representarão o Brasil nos jogos olímpicos.
A mudança no calendário colaborou para a classificação da dupla, mas esse não foi o fator definitivo, já que as atletas vinham de uma trajetória de conquistas, por exemplo, em toda a temporada que começou ainda em 2018, as duas sempre permaneceram no Top 10 em cada etapa que disputou. Elas também chegaram a seis semifinais, venceram uma etapa e terminaram em segundo lugar em outra.
Com a conquista da vaga, a cearense agradeceu a todos que apoiaram e acreditaram na classificação da dupla. “Às vezes a gente nem acredita, mas a realização desse sonho teve o trabalho de muita gente que batalhou junto com a gente. Um obrigada do tamanho do mundo a todos vocês, que sempre confiaram, acreditaram e nos ajudaram a conquistar essa classificação”.
Rebecca Cavalcante iniciou sua trajetória jogando vôlei de quadra. Após uma cirurgia no joelho mudou para a areia. A partir daí a atleta formou várias parcerias, mas só em 2017 firmou dupla com a mineira Ana Patrícia. Comandadas pelo técnico Reis Castro, a dupla venceu diversas etapas do Circuito Mundial e como conquista individual, Rebecca Cavalcante ganhou o prêmio de melhor passe na temporada 18/19 do Circuito Brasileiro.
A história do Brasil em olimpíadas começou em 1920, nos Jogos da Antuérpia, na Bélgica. De lá para cá, o Brasil já subiu ao pódio 129 vezes, somando 30 medalhas de ouros, 36 de pratas e 63 de bronzes. Dessas, o vôlei de praia feminino conquistou quatro medalhas de prata, duas de bronze e uma medalha de ouro em 1996, em Atlanta (EUA). Já as atletas cearenses trouxeram três dessas medalhas para o estado: duas de prata e uma de bronze.
Edição: Monyse Ravena