Durante todo o dia hoje, 9, centenas de trabalhadores sem-terra realizam uma série de ações com o objetivo de denunciar a paralisação da reforma agrária feita pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido). À tarde, as ações acontecem na sede da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA). Lá, serão apresentadas as pautas de reinvindicações como a provação e limites dos MAP’s de desapropriação de terras que já foram negociados com o governo; decreto criando a comissão de mediação de conflitos; Outra pauta é sobre a estruturação dos assentamentos onde solicitam a reforma e ampliação de habitações nas áreas de Assentamentos; construção de novas habitações para os projetos de novos assentamentos; energia solar para estruturas coletivas nos assentamentos como escolas de ensino médio do campo e rádios comunitárias; construção de duzentos biodigestores nos assentamentos da reforma agrária; entre outros.
Já no que diz respeito à educação do campo, é reivindicado a conclusão das escolas em construções, em Canindé e a construção de novas escolas no Assentamento Palmares, em Crateús; Assentamento 10 de abril, no Crato; Assentamento Juá, em Santa Quitéria e, Assentamento Chico Mendes, em Icó. Outros pontos que serão apresentados são: o apoio à juventude e mulheres na reforma agrária e desenvolver projetos produtivos nos assentamentos.
As manifestações tiveram início na manhã de hoje, quando os trabalhadores sem-teto ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Fortaleza, para denunciar a paralisação da reforma agrária, além disso, os trabalhadores também se manifestaram contra o sucateamento do Incra, a privatização dos assentamentos, a venda de terras brasileiras para estrangeiros e a liberação de mineração em terras indígenas.
As ações estão acontecendo em todos os estados do Brasil e, segundo Gene Santos, estão em consonância com as mobilizações do 8 de março, com o Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra, que aconteceu em Brasília, entre os dias 5 e 10 deste mês. Aqui no Ceará as atividades fazem parte da Jornada Nacional de Lutas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e foi construída juntamente com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e pelo Levante Popular da Juventude.
Edição: Monyse Ravena