A greve dos petroleiros chega ao seu quinto dia em todo o Brasil. De acordo com Emanuel Menezes, da diretoria da Federação Unificada dos Petroleiros (FUP), a greve surgiu devido aos descumprimentos por parte da Petrobras ao acordo coletivo firmado nacionalmente como: efetivo, tabela de turno entre outros, além da defesa dos mil postos de trabalho na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), da Petrobras.
Segundo Emanuel, a ação, a greve aqui no Ceará, tem como objetivo alertar a categoria sobre os riscos das vendas das refinarias nacionais para o exterior e, assim, tornar o país refém do mercado estrangeiro. “Com as vendas das refinarias, deixamos de refinar em nossos estados para nos tornar refém do marcado estrangeiro. Além disso, os casos de demissões que já aconteceram abre precedentes para outras demissões”, afirma.
Emanuel também lembra o caso de oito trabalhadores que ficaram em cárcere privado por 72h na Refinaria Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), aqui no Ceará, logo quando a greve teve início. De acordo com ele, o caso ocorreu por causa da troca de turno, quando iniciou a greve não ouve a troca dos trabalhadores e, quem estava dentro não pôde sair. Emanuel explica que há a tentativa de negociação sobre o efetivo com a empresa que, até momento, vem se negando a negociar.
Os próximos passos da greve, de acordo com o dirigente, é continuar fortalecendo o movimento no âmbito nacional para além dos petroleiros, já que, de acordo com ele, outras categorias estão apoiando a iniciativa.
Edição: Monyse Ravena