Ceará

Movimento Estudantil

I Congresso de Estudantes da URCA convoca unidade em defesa da educação

Em 2018, mais de 3000 estudantes foram as urnas com o objetivo de reativar a entidade

Brasil de Fato | Crato (CE) |
Uma das principais pautas que a gestão eleita tinha em seu programa de campanha era a realização do I CONEURCA
Uma das principais pautas que a gestão eleita tinha em seu programa de campanha era a realização do I CONEURCA - Comunicação Levante Ceará

A gestão Todo Mundo no DCE do Diretório Central do Estudantes da Universidade Regional do Cariri, o DCE Caldeirão, em parceria com todo o movimento estudantil realiza o I Congresso de Estudantes da URCA (CONEURCA) e já começa com cerca de 700 estudantes dos mais diversos cursos participando.

A Instituição que já tem mais de 30 anos, passou mais de um terço de sua existência sem DCE, que é a representação máxima dos estudantes de uma universidade, tanto para assuntos internos quanto externos. Mas no ano passado mais de 3000 estudantes foram as unas e elegeram a chapa Todo Mundo no DCE com o objetivo de reativar a entidade.

“Para mim estar compondo e construindo esse espaço é uma honra mesmo e é uma coisa que ajuda muito não só na minha formação acadêmica e profissional, mas está pra muito além disso. Estar participando desse processo todo de refundação do DCE, atualização do estatuto e na reorganização do movimento estudantil dentro da universidade na conjuntura política que estamos é muito importante”, conta Raíssa Leite, presidenta do Centro Acadêmico de Geografia.

Uma das principais pautas que a gestão eleita tinha em seu programa de campanha era a realização do I CONEURCA, que ocorreu do dia 30 de setembro ao dia 4 de outubro, com o tema A URCA se une pela educação. A programação contou com mesas de discussão sobre o desmonte da educação, acessibilidade, permanência estudantil e vários outros temas. O Congresso realizou ainda a atualização do estatuto da entidade.

Anderson Félix, estudante de História e Secretário Geral do DCE Caldeirão, destaca que “o congresso da URCA trouxe o desafio dos estudantes fazerem um debate sobre assistência estudantil, sobre a responsabilidade de construir os centros acadêmicos e o DCE, como entidades que lutam todos os dias por questões que afetam a vida dos estudantes” e complementa “discutindo como podem estar vendo para além do ensino, pesquisa e extensão, mas políticas públicas de inclusão e permanência”.

Ester Burman, estudante de Ciências Sociais e integrante da gestão, afirma que “o congresso dos estudantes também vem pra pautar essas problemáticas desse governo e como forma de organizar os estudantes em defesa de seus direitos”.

“A URCA vem sendo pioneira na construção do projeto da Política Estadual de Assistência Estudantil” no qual “o que a gente tá colocando nesse programa são coisas semelhantes as ofertadas na Política Nacional de Assistência Estudantil” lembra Raíssa, apontando o Congresso como um momento para festejar também essa luta, que a universidade encabeça junto as outras duas universidades estaduais e o Governo do Estado. Ela defende que “uma universidade que é composta por mais de 80% dos estudantes filhos da classe trabalhadora, de baixa renda e que se incorporam dentro do perfil do Fundo Estadual de Combate à Pobreza se faz necessário ter um plano de assistência estudantil”.
 
Anderson destaca ainda a importância desse Congresso na conjuntura atual, onde parte da sua programação foi conjunta com as 48h de paralisação da educação “a unidade entre o movimento estudantil, debates com toda a comunidade acadêmica e fazendo lutas em defesa da educação brasileira”.

Edição: Monyse Ravena