O Brasil de Fato Ceará apresenta o segundo perfil de cinco militantes da luta pela reforma agrária que serão homenageados pela sua trajetória nos 30 anos de existência do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Ceará. A homenagem acontecerá dia 24 de setembro uma sessão solene na Assembleia Legislativa que contará também com a entrega do título de cidadão cearense ao economista e integrante da direção nacional do MST, João Pedro Stédile
Nascido no dia 30 de março de 1940 na cidade de Itapiúna, região do Maciço de Baturité no Ceará, Francisco Ferreira Lima, conhecido por Colibri, é casado com Benedita Ana da Silva Lima, com quem teve nove filhos.
Quando Colibri conheceu o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ele fazia parte do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Morrinhos, onde já tinha estreito envolvimento nas lutas camponesas da região. No avanço do entendimento do que era o MST decidiu se dedicar na militância da reforma agrária. Foi um articulador para as ocupações de terra, sendo escolhido para ser o representante das ocupações da região, inclusive a da fazenda onde hoje é o Assentamento Nova Conquista, em Amontada.
Por conta da sua atuação militante na região foi perseguido por pistoleiros, mas perseverou na luta junto ao povo. No dia 16 de abril de 1994 foi o dia da ocupação da terra que posteriormente viria a ser o assentamento em que reside até hoje, assentamento Nova Conquista. A posse foi emitida pouco mais de um ano mais tarde. Segundo Colibri, a terra é para plantar e viver, e assim segue.
Teve seu apelido dado por seu gosto em cantar, sempre acompanhado do violão, inclusive quando participava de programas de rádio.

Edição: Monyse Ravena