As organizações que compõem as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizaram o ato de lançamento do comitê estadual Lula Livre - Ceará, no dia 8 de abril, em Fortaleza. O lançamento faz parte da jornada nacional Lula Livre que no dia de 7 abril foi iniciada em Fortaleza com "Bicicletata" e ato público na praia de Iracema, reunindo cerca de 500 manifestantes que dialogaram com a população sobre a libertação do preso político brasileiro e ex-presidente Lula.
Estiveram presentes ato político de lançamento do comitê estadual Guilherme Boulos (PSOL), o ex- senador Lindbergh Farias (PT) e Carmen Foro, vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Guilherme Boulos relembrou o período da prisão e alguns episódios onde Lula teve seus direitos violados: “o dia sete de abril de 2018 foi um dos dias mais tristes da nossa história, talvez naquele dia a gente não soubesse quantas injustiças iam se acumular esse ano. O Lula foi preso, ele ainda tinha uma expectativa que pudesse ter o habeas corpus julgado naquele momento pelas cortes superiores, que não julgaram, negaram. O supremo de maneira vergonhosa, empurrou com a barriga o julgamento da prisão em segunda instância mantendo uma inconstitucionalidade até hoje. Teve a candidatura cassada quando liderava as pesquisas, impedido de dar entrevistas".
A deputada Luizianne Lins (PT-CE) reafirmou que a luta pela liberdade de Lula é uma ampla luta democrática, que deve ser encabeçada por todas as organizações, partidos, movimentos, sociedade civil, lideranças de bairros. Lembrou que a campanha deve estar na boca da população brasileira, nas escolas, universidades, pontos de ônibus, locais de trabalho, ser cada vez mais do povo brasileiro. Para ela, o desafio é dar prosseguimento prático aos comitês locais e por eixo de trabalho, como os dos juristas, cultura, mobilização, com agenda de atividades próprias e que envolva cada vez mais as pessoas.
Consoantes, Lindbergh Farias e Carmem Foro, falaram sobre o que estava em jogo para a classe trabalhadora com o avanço do estado de exceção em que o Brasil avança e Lula é vítima. “Para a CUT a liberdade de Lula é decisiva para garantir os direitos dos trabalhadores, que veem sendo atacados diariamente, é preciso construir uma força de massas para derrotar as reformas e garantir a liberdade do nosso presidente”, afirmou Carmem Foro.
Para Lindbergh Farias a tônica dos comitês locais deve ser a organização: “nosso desafio é criar os comitês nos municípios, falar do Lula livre, educação, reforma da previdência, construir e organizar esse espaço de resistência popular”.
Edição: Monyse Ravena