Ceará

AGENTES POPULARES

Em Fortaleza, Curso de Agentes Populares da Alimentação Nordeste será lançado hoje (19)

O lançamento do curso conta ainda com o lançamento do Atlas dos Sistemas Alimentares do Cone Sul.

Brasil de Fato | Juazeiro do Norte (CE) |
Lançamento do Curso de Agentes Populares de Alimentação realizado no Sacolão do MST, em São Paulo - Divulgaçã/Instagram

O Centro de Formação, Capacitação e Pesquisa Frei Humberto, localizado em Fortaleza, recebe hoje, 19 de junho, a partir das 19h, o lançamento do Curso de Formação de Formadores dos Agentes Populares da Alimentação Nordeste, que tem como inspiração as ações de solidariedade realizadas pelos movimentos populares na pandemia.

Com o objetivo de discutir as causas da insegurança alimentar e estimular formas de organização social e comunitária para combater a fome, como a criação de hortas, cozinhas populares ou bancos de alimentos, o curso será construído através de um processo de formação e educação popular de agentes populares visando construir soluções coletivas para os problemas enfrentados nos territórios, em especial nas periferias dos grandes centros urbanos.

Na etapa Nordeste, deverão participar do curso cerca de 40 pessoas dos nove estados que formam a região brasileira. No entanto, a partir da pedagogia de formação de formadores, a proposta é que esse processo se multiplique em outros espaços.

Lançamento do Atlas dos Sistemas Alimentares do Cone Sul

A abertura do espaço de lançamento do curso de formação será marcado ainda pelo lançamento do Atlas dos Sistemas Alimentares do Cone Sul, obra que discute a crise alimentar em cinco países da América do Sul, sendo eles: Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. O momento deve reunir representações do governo federal, do governo estadual e de movimentos populares. E inaugura a etapa do Nordeste do Curso de Formação de Formadores de Agentes Populares da Alimentação.

O documento que possui mais de 100 páginas, discute as causas da crise alimentar na região nordeste, vinculando a fome ao sistema alimentar dominante nos países listados anteriormente, e destaca ainda a importância da soberania alimentar, apresentando políticas públicas que contribuem para uma vida digna no campo e nas cidades.


Em São Paulo, o lançamento contou ainda com ação de solidariedade e distribuição de 100 marmitas aos moradores em situação de rua da região / Divulgação/Instagram

Outro destaque do atlas são as ações de movimentos populares que, durante a pandemia, desenvolveram campanhas de solidariedade que contribuíram para alimentar a população principalmente nas grandes cidades, seja em distribuição de alimentos gratuitos ou nas cozinhas populares e solidárias.

A edição do atlas foi realizada pela Fundação Rosa Luxemburgo em parceria com a Expressão Popular. Já o evento de lançamento é organizado pela Fundação Rosa Luxemburgo, pelo Movimento Brasil Popular, pela Escola Nacional Paulo Freire (ENPF), pela Fiocruz e outros movimentos populares parceiros.

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Edição: Camila Garcia